VII DOMINGO DO TEMPO COMUM
No Evangelho de hoje (24 de Fevereiro) continuamos no horizonte do "discurso da planície" que começámos a ler no passado domingo. As "bem-aventuranças" propunham aos seguidores de Jesus uma dinâmica nova; na sequência, Jesus exige aos seus uma nova atitude, de forma que o amor ocupe sempre o primeiro lugar.
A exigência de amar e perdoar não é uma novidade de Jesus. O Antigo Testamento já conhecia a exigência de amar o próximo; no entanto, essa exigência aparecia com limitações. Jesus vai muito mais além dessa doutrina. Para Ele, é preciso amar o próximo; e o próximo é, sem exceção, o outro – mesmo o inimigo, mesmo o que nos odeia, mesmo aquele que nos calunia e amaldiçoa, mesmo aquele de quem a história ou os ódios ancestrais nos separam.
Os exemplos que Jesus dá a este propósito sugerem que não basta evitar responder às ofensas; é preciso inventar uma dinâmica de amor que desarme a violência. O que Ele nos pede é que sejamos capazes de gestos concretos que invertam a espiral de ódio: trata-se de não responder "na mesma moeda". O amor é a única forma de desarmar o ódio e a violência.