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XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM

O Evangelho de hoje (2 de Setembro) mostra-nos a reacção dos fariseus e dos doutores da Lei à acção de Jesus. Pouco antes, Jesus tinha realizado a multiplicação dos pães e dos peixes, propondo um mundo novo de fraternidade; e os líderes judaicos, sem coragem para enfrentar Jesus, escolhem os discípulos como alvo das suas críticas, questionando-os acerca da forma como eles cumprem a "tradição dos antigos".
Para os fariseus, a "tradição dos antigos" abrangia um conjunto de leis onde apareciam as decisões e as sentenças acerca dos mais diversos temas. Essas leis, que o Povo tinha dificuldade em conhecer e praticar, eram, para os fariseus, o caminho certo para apressar a vinda do Messias.
Para Jesus, esta obsessão dos fariseus é sintoma de uma grave deficiência quanto à forma de ver e de viver a religião. A preocupação com estas regras dá ao crente uma falsa segurança e uma falsa sensação de estar em regra com Deus, mas não tocam o essencial, o coração do homem. A verdadeira preocupação do crente deve ser moldar o seu coração, a fim de que os seus sentimentos e as suas decisões se concretizem, no dia a dia, na escuta dos desafios de Deus.