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V DOMINGO DA QUARESMA

O Evangelho de hoje (7 de Abril) coloca-nos frente a uma mulher apanhada a cometer adultério. De acordo com as antigas escrituras, a mulher devia ser morta. A Lei deve ser aplicada?

Jesus não procura branquear o comportamento da mulher. Ele sabe que o pecado não é um caminho aceitável… No entanto, também não aceita pactuar com uma Lei que, em nome de Deus, gera morte. Inicialmente, Jesus fica em silêncio e escreve no chão, como se pretendesse dar tempo aos participantes para perceberem aquilo que estava em causa. Finalmente, convida os acusadores a tomar consciência de que o pecado é uma consequência dos nossos limites e que Deus entende isso: “quem de vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra”. E continua a escrever no chão, à espera que os acusadores da mulher interiorizem a lógica de Deus. Quando os escribas e fariseus se retiram, Jesus nem sequer pergunta à mulher se ela está ou não arrependida: convida-a, apenas, a seguir um caminho novo, de liberdade e de paz (“vai e não tornes a pecar”). A dinâmica de Deus é uma dinâmica de misericórdia, pois só o amor transforma e permite a superação dos limites humanos. É essa a realidade do Reino de Deus.